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Feiras e Mercados

Feira das caixas

A Praça de Carlos Alberto antigamente designava-se Praça dos Ferradores (ou Largo dos Ferradores), pois existiam oficinas de homens que se prestavam ao ofício de ferrar cavalgaduras. Este nome já aparecia referenciado num documento da Misericórdia datado de 1648, no qual se lia "casas existentes no Outeiro dos Ferradores, no caminho que vai para Cedofeita".

Esta praça era de igual modo conhecida por largo da Feira das Caixas, pois aqui concentravam-se lojas de carpinteiros que produziam caixas de madeira, as quais eram vendidas, particularmente, aos emigrantes que iam para o Brasil, que nelas guardavam os poucos objetos e roupas que levavam.

Em 1856 esta feira passou para a Rua dos Lavadouros.

 

 

Feira de bois

Nesta praça realizava-se desde 1676 uma feira de bois, a qual foi transferida em pleno Cerco do Porto (em 1833) para o campo medieval de Mijavelhas, também conhecido por Poço das Patas, que veio também a designar-se por Campo da Feira do Gado, o qual a partir 1 de agosto de 1860 adquiriu o nome atual, Campo Vinte e Quatro de Agosto, em homenagem à Revolução Liberal do Porto de 1820.

 

 

Feira dos moços e moças

A praça era essencialmente um local de feiras e mercados, como a feira dos moços e moças de lavoura, que se instalou na Praça dos Ferradores em Abril de 1858, na qual estes acertavam, verbalmente, as cláusulas dos contratos com os lavradores que estivessem interessados nos seus serviços.

Esta feira realizava-se duas vezes por ano, em Abril, para os contratos para os trabalhos de verão, e em Novembro, para os contratos para os trabalhos de inverno.

As moças eram as preferidas dos lavradores e, no que diz respeito aos moços, estes acabavam sempre por ir beber uma caneca de vinho na taberna mais próxima.

Em meados do século XIX esta feira mudou-se para a Praça de Mouzinho de Albuquerque e daí foi para a Praça da Corujeira, em Campanhã, onde se manteve até ao início do século XX.

 

 

"Ainda é do meu tempo escolherem os ferradores para seus estabelecimentos as casas situadas na P. de Carlos Alberto por lhes ser vantajoso este local, tendo nele espaço para formarem o tronco para as cavalgaduras, o qual consistia em firmarem na terra 6 ou 8 postes de madeira, aonde com pancas seguravão as bestas rebeldes aos misteres do ofício de ferrador.

Deles vem o nome a esta rua."

Sousa Reis

 

 

 

Feira Franca

Em 11 de Dezembro de 1720, foi autorizada a realização de uma "Feira Franca" de fazendas e animais, a qual se realizava anualmente nos dias 25, 26 e 27 de Julho.

Esta feira realizava-se não só na Praça de Carlos Alberto como também na Praça do Carmo e na Praça da Cordoaria.

Devido à fama desta feira ao longo dos anos, esta acabou por passar a ser bi-semanal, realizando-se às terças e aos sábados.

 

 

Mercado

Até 1843, às terças e às sextas-feiras, havia um importante mercado de carvão, lenha, tamancos e palha para encher colchões, produtos que eram muito importantes tanto na vida doméstica como na indústria, assim como objetos de pinho, tais como bancos, mesas e cadeiras.

A partir desse ano, os vendedores passaram a vender as suas mercadorias no antigo Largo do Mirante, que atualmente se chama Praça do Coronel Pacheco. Foram também transferidos para este largo os negociantes de ervas que se encontravam no Largo do Laranjal, atual Praça da Trindade.

 

 

 

(Re)Viver a Praça de Carlos Alberto / © Criado em 28 de Novembro de 2013 por Liliana Gonçalves, em Wix.com. Publicado em 10 de Janeiro de 2014. Última atualização em 16 de Novembro de 2014. Background retirado de High Quality Wallpapers.

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