
(Re)Viver a
Praça de Carlos Alberto

Transportes
Durante a realização da “Feira das Caixas”, a praça era paragem das malas-postas ou diligências, que faziam o percurso entre o Porto e Viana do Castelo, cuja estação ficava no edifício dos “Caldos de Galinha”.
Aqui paravam também as estafetas (distribuidores rurais) para Viana, Caminha, Valença e Tui, as quais chegavam às segundas, quartas e sábados, partindo nos mesmos dias. Em 1864, estas estafetas pousavam nos prédios com os números 85, 87 e 97 (numeração da época). Anos mais tarde, em frente a estes mesmos prédios e junto do passeio do jardim, estacionavam os trens de aluguer, que desapareceram com o surgimento dos automóveis.
Nesta praça foi inaugurada, em 12 de Agosto de 1874, a primeira linha de caminho-de-ferro americano, que se estendia até à Rua de Cadouços, na Foz do Douro e vice-versa. Existia também uma carreira para Paranhos (Campo Lindo) que partia do Carmo em frente à Igreja. Este serviço de carros “americanos”, puxados por uma ou duas parelhas de mulas, conservou-se até surgirem os primeiros carros elétricos (1905-1906).
Em Julho de 1883 apareceram os carros “Ripert”, puxados por esbeltos cavalos “Percherons”, que faziam concorrência aos “americanos” da Carris. Estes carros pertenciam à “Empresa Portuense de Carros Ripert”, cuja sede privativa se situava na Rua de S. Dinis e serviam diversos pontos da cidade, incluindo S. Mamede de Infesta. O veículo que servia S. Mamede, partia todas as manhãs da freguesia e terminava a sua viagem na Praça de Carlos Alberto, em frente à “Tabacaria Havaneza”, regressando à tarde ao ponto de saída. Este serviço perdurou até 1910.
