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História e Património

A Praça de Carlos Alberto foi assim designada em homenagem ao Rei Carlos Alberto de Saboia-Carignan, da Sardenha, que se exilou no Porto em 1849, após a sua derrota na batalha de Novara, tendo ficado hospedado no Palacete dos Viscondes de Balsemão.

Liberalista, foi derrotado em 23 de Março de 1849, quando lutava pela união da sua pátria, pelo exército austríaco, na batalha de Novara.

A Praça de Carlos Alberto é um dos mais sublimes espaços da cidade do Porto, apresentando uma forma quase triangular embelezada com vistosos canteiros, onde se pode encontrar um conjunto harmonioso de edifícios dos séculos XVIII e XIX. No entanto, até 1801, ano da inauguração do Hospital da Ordem do Carmo, esta praça não passava de um vasto logradouro, conhecido como Horto do Olival, onde se realizavam feiras e mercados.

Esta praça foi também um local importante de passagem de mala-postas, estafetas, trens de aluguer, caminho de ferro americano e dos carros Ripert.

Nesta praça existiram também diversas hospedarias ou estalagens e diversos estabelecimentos comerciais, importantes para a história, não só da Praça de Carlos Alberto, como da cidade do Porto.

Uma das maiores modernizações deste lugar e arredores, foi a implementação da iluminação a gás, em 1 de Abril de 1856.

 

 

 

Nesta praça existiram diversas hospedarias ou estalagens, sendo a do “Peixe” a mais importante, o atual Palacete dos Viscondes de Balsemão.

Além da hospedaria do “Peixe”, existiam nesta praça, em meados do século XIX, as seguintes hospedarias:

  • “Leão de Ouro”

  • “Comércio”

  • “Clarense”

  • “Boa Esperança”

  • “Bons Amigos”

  • “Aurora”

e várias casas de pasto, sendo a mais tradicional denominada “Caldos de Galinha”, convertida em restaurante, cujo edifício, todo de granito, data de 1930.

 

Este local, que foi um autêntico centro de atividade operária, transformou-se, ano após ano, num centro comercial, com bons e modernos estabelecimentos, substituindo outros já dissolvidos como:

  • a “Mercearia dos Penas” na esquina desta praça com a Praça de Gomes Teixeira;

  • a “Tabacaria Havaneza” onde conversavam, à tarde, o político Vieira Borges, o coronel José Fumega, os padres Sousa (vigário do Carmo) e Correia, o cónego Jeremias e outros;

  • a “Camisaria Braga” onde se reuniam alguns desembargadores e juízes em amena cavaqueira com o proprietário;

  • a “Camisaria Perdigão”;

  • a “Confeitaria Abreu”, cujo dono não era bom a fazer contas (no entanto nunca tinha prejuízo) e nem sempre tinha as balanças calibradas;

  • o armazém de fazendas do “Bártolo”;

  • a casa “Almeida & C.ª”;

  • a loja de miudezas do “Sousa Matos”;

  • a “Mercearia Campos”;

  • a “Casa Vilaça”;

  • a casa de música “Eduardo da Fonseca”;

  • o “Café de Carlos Alberto”, de António Pires da Silva, com sala de bilhares anexa, inaugurado em Outubro de 1901,

entre outros.

 

 

 

Antiga Mercearia dos Penas

(Re)Viver a Praça de Carlos Alberto / © Criado em 28 de Novembro de 2013 por Liliana Gonçalves, em Wix.com. Publicado em 10 de Janeiro de 2014. Última atualização em 16 de Novembro de 2014. Background retirado de High Quality Wallpapers.

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